Seguindo a indicação que aponta o caminho para o Fanal, o início do trilho brinda os seus visitantes com os fantásticos túneis formados por uma ondulação de vegetação que continua ao sabor do horizonte das serras com vista para o vale do Rabaçal até chegar novamente à Estrada Regional.

Continuando em direção ao Fanal, o deslumbramento continua agora com vista para o Chão da Ribeira e mais à frente as imponentes cascatas que abastecem a Ribeira do Seixal.

Descendo por mais uma série de degraus em madeira que nos ajudam na descida, somos transportados para a floresta Laurissilva onde é possível interagir com as diversas tonalidades de verde e toda a sua envolvência rural e natural.

O parque de merendas do Chão da Ribeira é muito procurado pelas famílias madeirenses que no fim de semana juntam-se para confraternizar e confecionar as diversas iguarias regionais, sendo a espetada madeirense a tradição gastronómica mais presente.

Para continuar com a caminhada proposta, dirija-se até à estrada, siga a sinalética que indica Fanal e após mais uns degraus, encontra um miradouro com uma vista panorâmica de 360º com cenário de fundo do Paul da Serra e Rabaçal.

Nos cruzamentos deverá manter sempre a mesma direção e após encontrar um pequeno ribeiro e uma pequena ponte de madeira, inicie a subida até encontrar mais um cruzamento que o conduz até a estrada regional. Mantenha a direção.

Com mais de metade do percurso percorrido, encontra novamente mais duas sinaléticas a indicar o Fanal e o Paul da Serra, sendo que deverá seguir a indicação Fanal. Nesta fase do trajeto, somos transportados para dentro da floresta Laurissilva onde estão presentes as emblemáticas árvores como é o caso dos Tis e Loureiros coberto por líquenes como a Barba de Velho.

O trilho torna-se, entretanto, mais largo e as vacas que habitam estas serras vão aparecendo esporadicamente. Apesar de estarem habituadas à presença humana, continuam a ser animais de grande porte que podem assustar-se facilmente, especialmente quando acompanhadas por crias. Mantenha um registo pacífico e não as assuste.

A dada altura passamos por uma zona destruída por um incêndio florestal que assolou esta área em 2012. As marcas do fogo são inconfundíveis e relembram-nos o quão frágeis os ecossistemas insulares são. Demoram muitos anos a crescer, mas podem ser completamente destruídos em segundos. Por esse motivo, apelamos ao seu sentido de responsabilidade para que não efetue fogueiras em locais impróprios.

Num último cruzamento com um estradão de terra, existe uma descida à direita em direção ao “Fio” e ao Posto Florestal do Fanal, mantendo em frente a rota do percurso.

Poderá deslocar-se até ao fio e perceber a forma como eram transportados os produtos e materiais, sendo que terá que regressar novamente ao trilho inicial até à sinalética que indica o caminho para o Fanal e o seu Posto Florestal.

A partir daqui o envolvimento com o mítico cenário do Fanal é simplesmente fantástico. Integrado na área de Parque Natural da Madeira, os Tis (Ocotea foetens) centenários e o seu grande porte tornam a zona do Fanal num dos mais deslumbrantes cenários de toda a Ilha da Madeira.

Dada a elevada cota, é frequente o aparecimento de nevoeiro que apesar de tornar o cenário igualmente deslumbrante, chamamos à atenção para a perda de visibilidade e a baixa de temperatura, pelo que deverá ter cuidado a esse nível. Para este percurso, aconselhamos que efetue o download do ficheiro GPS que disponibilizamos para si.

Na próxima sinalética, deverá descer em direção ao Parque de Merendas e Posto Florestal do Fanal, onde encontrará a E.R 209 dando por terminado o percurso.

Por ser um percurso extenso, em termos logísticos, aconselhamos que sejam contratados transportes que depois possibilitem que no final do trajeto sejam levados até o ponto de partida. Existem unidades de alojamento no Porto Moniz que prestam o serviço assim como empresas públicas de transporte.